O transporte rodoviário tem grande relevância em nossa economia. Afinal, a maior parte de toda produção nacional é distribuída por ele. Nas rodovias e estradas, o Brasil se movimenta. Preparamos, a seguir, um conjunto de curiosidades e dados sobre o tema.
Como é o transporte rodoviário no Brasil?
O transporte rodoviário aquece a economia do país. Isso porque ele é o principal meio da atividade logística, viabilizando a distribuição de cerca de 65% das cargas brasileiras. Para que você tenha noção da relevância do assunto, o modal garante o emprego de 1,5 milhão de pessoas e representa entre 6% e 7% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) — todos os dados deste parágrafo foram divulgados pela revista Exame. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país no intervalo de um ano.
Ocupamos a 4ª posição em relação à extensão de nossa malha rodoviária.São 1,7 milhão — mais precisamente 1.720.700 — de quilômetros de rodovias e estradas em nosso território. No ranking, o primeiro lugar é ocupado pelos EUA, com 6,5 milhões de quilômetros. Na sequência, temos a China, com 4 milhões. Em seguida, aparece a Índia com 3,3 milhões.
De acordo com o Índice da Movimentação de Cargas do Brasil, criado pela AT&M, entre janeiro e abril de 2021, foi percebido um aumento de 38% no transporte de cargas. Isso equivale ao crescimento de R$2,1 para R$3 trilhões investidos na atividade. O reflexo é mais carga cruzando os quatro cantos do país, principalmente via terrestre.
Por que dependemos do transporte rodoviário?
A resposta está em nossa própria história. Compreendidas como infraestrutura do futuro, nas décadas de 1950 e 1960 — durante o governo de Juscelino Kubitschek — as rodovias foram cuidadosamente planejadas. O tempo cuidou de amadurecer essa decisão política, viabilizando a alta circulação presente nos dias de hoje.
Investir no transporte rodoviário foi uma estratégia que integrou o território brasileiro, coincidindo com a transferência da capital para Brasília. A partir disso, as relações comerciais foram fortalecidas e algumas regiões desocupadas, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, conheceram o desenvolvimento.
Também foi possível favorecer a industrialização nacional com a criação de pólos automobilísticos. Afinal, ao desenvolver as rodovias, imediatamente as empresas internacionais do mercado de transporte terrestre foram atraídas. Resultado: as ferrovias perderam de vez o seu posto de extrema relevância que ocupou durante o ciclo do café.
Porém, a condição das rodovias e das estradas está longe de ser considerada adequada. De acordo com a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SEST SENAT, em 2019. Foram 108.863 quilômetros analisados, sendo que 59% da extensão apresentava problemas.
Eles podem ser divididos em condição de pavimentação (52,4%), de sinalização (48,1%) e de geometria da via (76,3%). Tal cenário desfavorável exige a alta capacitação dos profissionais que cruzam estados levando cargas.
Fonte: www.cargox.com.br